A III Jornada Internacional de Ciências Sociais, com o tema “Bioeconomia, produção familiar e estratégias para o desenvolvimento de atividades sustentáveis na Amazônia”, tem como objetivos principais promover uma reflexão sobre as possibilidades da promoção do desenvolvimento de atividades sustentáveis na Amazônia a partir dos princípios da bioeconomia (Costa et al., 2022) e celebrar os 20 anos do Programa de Pós-graduação de Ciências Sociais da Universidade Federal do Maranhão.
Esses propósitos mais amplos se desdobram nos seguintes objetivos específicos do encontro: a) Reunir pesquisadores e pesquisadoras com investigações relevantes à compreensão das complexas dimensões (sobretudo sociais, econômicas, políticas e culturais), que envolvem a “região amazônica”; b) Discutir os desafios teóricos e práticos relacionados às formas de produção material e simbólica das existências, de gestão de recursos naturais, do uso de novas tecnologias, entre outros; c) Analisar as possibilidades da elaboração de estratégias de desenvolvimento sustentável a partir da perspectiva da bioeconomia e considerando as especificidades dos diferentes ecossistemas amazônicos; d) Incentivar a adoção por instituições governamentais de estudos e pesquisas sobre estratégias de desenvolvimento baseadas na bioeconomia.
Eduardo S. Brondizio é professor titular de antropologia, dirige o Centro de Análise de Paisagens Sócio-Ecológicas (CASEL) e é pesquisador sênior do Ostrom Workshop na Universidade de Indiana, Estados Unidos. Brondizio é professor externo do programa Ambiente e Sociedade (NEPAM) da Universidade de Campinas, Brasil. Por mais de três décadas, Brondizio vem examinando e respondendo às transformaçoes socioambientais e aos desafios de governança da Amazônia, alem de contribuir para inúmeras iniciativas internacionais voltadas para entender as dimensoes humanas de mudanças ambientais e climáticas globais.
Brondizio atuou como co-presidente do Relatório de Avaliação Global da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) aprovado por 132 paises em 2019. Brondizio é membro eleito da Academia Americana de Artes e Ciências (AAAS) e da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (NAS). Brondizio recebeu o Prêmio Ambiental Volvo 2023.
Marie France Garcia Parpet licenciou-se em ciências econômicas na Universidade Paris X – Nanterre (França), fez mestrado e doutorado no Programa de Pós-graduação em Antropologia Sociais (PPGAS) do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Foi professora do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, entre 1978 e 1994, e pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica (INRA), na Unidade de Pesquisa em Economia e Sociologia Rural (Ivry-sur-Seine) entre 1994 e 2013. Atualmente, é pesquisadora associada ao Centro Europeu de Sociologia e Ciência Política (EHESS).
Dentre seus principais interesses de pesquisa, destacam-se a questão do valor simbólico e monetários dos produtos, a mundialização dos mercados, a patrimonialização dos produtos alimentares e a construção intelectual dos mercados. Publicou, dentre outros trabalhos, « Le marché de l'excellence : les grands crus à l'épreuve de la mondialisation » (Ed. le Seuil, 2009) e «La construction sociale d'un marché parfait” (ARSS, 1986).
Afrânio Garcia Jr é professor na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris (França), onde dirigiu o Centro de Pesquisas sobre o Brasil Contemporâneo (CRBC), entre 1996 e 2009. Ingressou em 2009 como docente-pesquisador no CESSP/ EHESS (UMR 8209, CRNS/EHESS/Paris 1) Atuou como professor no Programa de Pós-graduação em Antropologia Social (PPGAS) do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), entre 1978 e 1998, que chegou a dirigir, e foi bolsista de produtividade de pesquisa (1-A) do CNPq. Atualmente, é pesquisador associado ao Centro Europeu de Sociologia e Ciência Política (EHESS) e ao colégio brasileiro de Altos Estudos da UFRJ. Dentre seus principais interesses de pesquisa, e de suas principais publicações, temos o estudo do campesinato e transformações de modos de dominação e, mais recentemente, processos de mobilidade de universitários e circulação internacional de ideias.
Professor dos Programas de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) e Desenvolvimento Rural (PGDR) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutor em Ciências Sociais (CPDA/UFRRJ, 2011) com doutorado-sanduíche pelo CIRAD-Montpellier (UMR Innovation) e Universidade de Lyon II. Coordenador da Área de Sociologia da Capes (2022-2025). Coordena o Grupo de Pesquisa em Sociologia das Práticas Alimentares (SOPAS) e é membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Agricultura, Alimentação e Desenvolvimento (GEPAD-UFRGS) e do Observatório das Agriculturas Familiares Latino-Americanas (AFLA-UFRGS-UNILA). Também integra o Grupo de Trabalho sobre Segurança Alimentar da CLACSO/FAO, é representante da América Latina no Research Committee on Agriculture and Food (RC 40) da International Sociological Association (ISA), membro do Grupo de Investigadores em Políticas Públicas para a Agricultura Familiar (GIPPAF) da REAF-Mercosul, e pesquisador da Red Políticas Públicas na América Latina (Red PP-AL). Foi vice-presidente da Associação Latino-Americana de Sociologia Rural (ALASRU 2019-2022). É integrante da diretoria da Rede de Estudos Rurais (2021-2023). Possui experiência nas áreas de sociologia econômica, sociologia das instituições, sociologia rural e economia institucional, tendo atuado principalmente nos seguintes temas: instituições e desenvolvimento, dinâmica da agricultura familiar, mercados agroalimentares, convenções de qualidade, instituições e regulação econômica e redes alimentares alternativas